meu querido h.adams. andei um pouco reclusa. estive doente e não consegui sequer escrever pra você. me perdoe meu amado, já estou melhor. morrendo de saudade. você me faz falta na alma. mas não quero ficar me lamentando, quero saber como você está. conte-me suas novidades. conseguiu fazer a venda dos quadros que você tanto se empenhou? mande notícias.recebi um convite e preciso te contar. lembra de uma certa festa que fomos juntos. uns muitos verões atrás, na mansão da madalena? um baile de máscaras? então, recebi um convite para uma nova festa na mansão.ah h. será que vai ser tão especial e emocionante quanto a outra? vou atender ao convite.já estou providenciando a fantasia. na última vez que estivemos lá perdi a máscara voltando pra casa, lembra? se não me falha a memória você também, aliás, meu querido, minha memória só guardou momentos maravilhosos, veja se não: todos estavam vestidos magistralmente. máscaras elegantérrimas, vestidos longos. a corte de luís xv deve ter se contorcido de inveja. tudo estava impecável: garçons, comida fartíssima, champanhe. música, muita música. os lustres enormes davam uma iluminação indireta que convidava à luxúria. o perfume no ar enebriava a todos. casais dançavam alegremente, riam alto. outros por ali se beijavam, e outros seduziam. lembro que estavamos em um cômodo um pouco mais reservado, e ouviamos a animação que vinha do salão. nós e outros casais. nem sei quantos formavam nosso grupo. e a noite começou com uma aposta. não guardei nomes, meu querido, mas era um senhor rico, gordo, que tinha uma careca simpática, e não largava o charuto.ele apostou com uma das cocotes que ela não teria flexibilidade suficiente pra pegar com a boca o copo que estava no chão (sendo que a coitada deveria ficar em pé e não poderia dobrar as pernas. realmente é preciso ter corpo de bailarina para fazer a manobra). e ela aos poucos foi se abaixando e conseguiu a façanha. todos aplaudiram, e claro todas as outras quiseram imitar. foi um festival de gritinhos, gargalhadas, champanhe derramado e muitas, muitas pernas pra cima. as bundas se empinavam na tentativa de abaixar sem dobrar as pernas. e funcionou como uma dança de sedução, todos na sala ficaram animados. algumas daquelas desconhecidas cairam sem querer nos colos de alguns senhores. e por ali ficaram. todos nós passamos a dar risadinhas mais histéricas, e como se um botão desligasse todo o pudor dos presentes, logo começamos a nos seduzir. todos a todos. abraços, mãos, beijos. enquanto eu sentia uma língua na minha boca, passava a mão nos peitos enormes da moça flexível e sentia outra língua explorando minhas pernas. nos tocamos todos e começamos ali mesmo a orgia do século. algumas roupas foram retiradas a força, outras ficaram pela metade nos corpos suados. e tantas mais desapareceram na bagunça da sala. nos espalhamos no chão, no tapete, no sofá.o grupo não tinha mais do que sete ou oito pessoas, mas todas se ocuparam em sentir prazer. lembro de beijar a boca de um mascarado silencioso. o homem que estava sentado numa poltrona, a poltrona vermelha, lembra?. cabelos pretos rebeldes, elegante, magro. a boca mais macia que a minha já beijou. eu não quis beijar mais ninguém, não queria sentir mais nenhuma mão em mim a não ser a dele. era um menino praticamente, um jovenzinho quase inexperiente mas que carregava uma empáfia digna dos lordes.aquele rapaz me tirou o fôlego e deixei meu corpo à mercê dele. nos beijamos sem parar, nossas máscaras nos atrapalhando.os olhos dele. ah os olhos daquele moço. em certo momento você e a ruiva gordinha começaram o espetáculo.em cima da mesinha de centro que servia de apoio aos copos ela ficou de quatro, completamente nua e se abriu inteira pra você. lembro de você possuir aquela garota com força, com tesão. seu pau entrou nela quase rasgando, e ela gemeu. e você não comeu a garota sozinho.ela virou o prato do momento e todos se enfiaram nela. dois ao mesmo tempo, três. a pequena branquinha gemia e as lágrimas escorriam. e eu beijava meu
