domingo, 22 de dezembro de 2013

AO AR LIVRE



elizabeth, como você está? sinto saudades imensas. como está seu bebê? seu marido? espero que bem. resolveu aquele seu “probleminha” com daniel? acredito que sim, você sempre foi muito prática.
querida, respondendo a sua pergunta: sim. era kurt o nome dele. ele mesmo, o rapaz moreno, dos cabelos despenteados.
ah kurt...ele tinha aquele jeitinho de garoto, os olhos profundos e umas pernas que me tiravam o fôlego.
lembro do dia que ele chegou para morar aqui perto. quase vizinho. ele se apresentou muito gentilmente, estava meio atrapalhado entre os móveis da mudança. carregava o violão com muito cuidado.
foram poucos dias para a gente se conhecer melhor. até chegar aquela tarde em que ele me encontrou colhendo flores próximo ao córrego que passa aqui atrás.
elizabeth, vou te contar:
acordei tarde naquela manhã. estava com uma dor de cabeça inexplicável. tomei um café bem forte, comi alguma coisa. passei o dia andando de um lado para o outro nessa casa enorme. não consegui escrever, nem ler, nem nada. um aperto no coração me deixava inquieta. descobri mais tarde que já era a ansiedade causada por kurt, mas até aquele momento não havia pensado nisso.
resolvi dar uma boa caminhada pelas trilhas da floresta que cresce aqui atrás do meu terreno. a ideia era me perder entre as árvores. um pouco cansada resolvi colher algumas flores e sentar para observar as pequenas ondinhas que se formam no lago durante a tarde. um vento frio ajudava na formação da marola.
nesse momento fui surpreendida por uma canção que vinha próximo dali. fui andando até lá e encontrei kurt cantando embaixo de uma árvore. uma música suave,  quase dolorida, numa voz baixa.
fiquei observando sem ele perceber minha presença. cantava quase de olhos fechados. alguns minutinhos se passaram e ele finalmente me viu.
levantou rapidamente e foi em minha direção:
– querida, não a vi ai antes. venha, sente-se ao meu lado.

sentei. ele então pegou novamente o violão e voltou a cantar. quase sussurrava a música. eu fiquei hipnotizada olhando os braços, as mãos, os dedos, a boca. cada palavra que ele cantava me encantava e me cativava. tinha ombros sensuais e a blusa folgada que usava dava um ar ainda mais sexy.
fechei os olhos e deixei a música me levar. a brisa suave estava fria e eu me arrepiei. não sei se de frio ou emoção. havia dias que eu pensava naquele homem e agora ele estava ali na minha frente, a minha disposição.
fiquei sem graça com meus pensamentos. quem sabe se ele queria alguma coisa comigo? ele era mais novo, deve ser comprometido, nada me garantia que ele estava interessado. mas pela maneira como me olhou senti que sim , ele também me queria.
para ficar mais a vontade tirei o sapato. gosto da sensação de pés descalços. sem querer meus pés tocaram suas pernas. imediatamente senti seu corpo arrepiar. deixei o pé lá, encostado displicentemente.
muito lentamente ele foi chegando cada vez mais perto. até chegar o ponto que entre nós havia somente o violão. sem falar nada, ele largou o instrumento e me puxou em sua direção. segurou meu pescoço e beijou minha boca.

foi um beijo profundo. nossas línguas se entrelaçaram, se provaram.
senti meu coração palpitar. parecia que ele já conhecia minha boca. seus lábios me envolviam, eram macios e perfeitos.
suas mãos seguravam meu rosto. ele queria me engolir, sentir cada parte de mim. e eu também queria.
nossos beijos ficaram ainda mais quentes. eu não pensava em mais nada, apenas em sentir aquele homem me querendo.
ele beijou meu pescoço, meus ombros, meu colo. puxou meu decote e me olhou nos olhos com um sorriso nos lábios. eu olhei de volta e nada disse. ele entendeu que era a permissão para ir em frente.
puxou meu decote para baixo e meus seios saltaram para fora do vestido. meus mamilos duros sentiram a língua dele. ele provava como se fosse um doce. delicadamente lambeu, rodeou a língua por eles. em um seio passava a palma da mão sentindo meu prazer crescer. com a boca chupava o outro, mamando com muita vontade.
depois passou a chupar os dois, apertando com as mãos. eu me entregava sentindo o cheiro de seu cabelo.
logo ele voltou a beijar minha boca e fomos deitando na relva. ele ficou em cima de mim, eu sentia a grama em minha pele.
ele levantou meu vestido, admirou minha calcinha e sorriu novamente. aos poucos tirou minha calcinha e pode ver meu sexo. tocou devagar. admirou longamente e finalmente abriu minhas pernas.
foi com sede para o meio delas. lambeu, chupou, cheirou. passava  língua na virilha, voltava para o clitóris, se enfiava em mim. gemia baixinho, ele realmente estava adorando estar ali.
quanto mais ele se esforçava mais eu sentia prazer. ver aquele homem me provando, sentindo prazer com meu gosto, com meu cheiro, estava me deixando louca. eu rebolava na cara dele e ele se enfiava mais ainda.
me enlouqueceu com a língua mais safada do mundo. eu fiquei completamente molhada.
ele então levantou e tirou as calças. ficou apenas com a camisa folgada. eu sentei na sua frente. seu pau duro ficou na altura do meu rosto. não tive dúvidas, ajoelhei e pude sentir ele todo na minha boca.
ele enfiou o pau na minha garganta. puxava meu cabelo e se entregava. eu chupei com vontade, provei cada centímetro. lambia e segurava com força. ficamos assim até sentir que ele latejava e ia explodir de prazer.
ele segurou meu rosto e mandou eu ficar de quatro pra ele.
eu fiquei de quatro na grama, sentindo pequenas pedrinhas furando meu joelho. mas eu queria estar ali ao ar livre, sentindo a brisa me arrepiar, e sentindo aquele homem entrando em mim.
ele me possuiu com tesão, com força. segurava minha cintura e me puxava em sua direção. eu sentia seu pau nas minhas entranhas. ele gemia, eu também, quase gritava de tanto prazer.
empinei a bunda pra ele entrar ainda mais em mim. eu o sentia inteiro. nosso ritmo foi ficando cada vez mais rápido.
gozamos os dois ali, eu de quatro e ele ajoelhado atrás de mim.
ele me abraçou por trás e ficamos sentindo a respiração um do outro.
caímos os dois na grama e começamos a rir. estávamos felizes.
demos as mãos e ficamos um tempo observando o céu que escurecia em cima de nós.
– quero mais. muito mais. disse ele.
– também quero meu querido.
– madame, me beija?

eu o beijei profundamente. foi um beijo mais languido, sem a fome inicial  que nos consumiu.
ele olhou bem fundo nos meus olhos e me beijou novamente. deitei em seu peito e ficamos assim por mais um tempo. meus pés acariciavam suas pernas.
uns pingos de chuva chegaram.
rapidamente levantamos e nos vestimos.
fomos correndo até minha casa, mas não conseguimos escapar da chuva.
a tempestade nos pegou. ficamos completamente molhados.
ao entrar em casa meu tapete ficou encharcado.
pra tirar o frio, fui direto para o banheiro, para um banho quente.
ele foi junto.
ah minha querida elizabeth, foi o melhor banho da minha vida. já já te conto...


(...) continua

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